Por Maurício L G Garcia – Doutor em engenharia e consultor técnico do Master Builders Solutions
Junto com as festas de junho, com as noites de São João, temos também aquele clima mais ameno, noites frias, tempo de fogueira, vinho quente e quentão. Quem nunca aproveitou essa época para se esconder embaixo das cobertas e apreciar uma bebida quentinha!
Além do dia de São João (24/06), o mês de junho é marcado pela chegada do inverno (21/06). Apesar de vivermos em um “país tropical”, essa época é marcada por dias mais frios e secos em grande parte do nosso território, isso sem contar a região sul, ou regiões serranas onde a temperatura por vezes pode cair abaixo de zero!
“Ok, mas aqui onde eu moro a temperatura nem é tão baixa assim!” Engana-se quem pensa que somente em temperaturas extremas é que devemos nos preocupar com os cuidados com nosso concreto e aditivos químicos. No inverno é muito comum a baixa umidade do ar. Além de péssimo para a nossa saúde, provoca a perda de água do concreto no estado fresco, aumentando a chance de fissuração. Já a temperatura está intimamente ligada a velocidade dos processos químicos. Bastam temperaturas ambientes inferiores a 15°C durante alguns dias para ligarmos o sinal de alerta! Temperaturas mais baixas tornam a hidratação do cimento mais lenta e podem provocar retardo no concreto, resultando em atrasos no processo de acabamento, retração plástica etc. Além disso, podem alterar o comportamento dos aditivos químicos, necessitando redução de dosagem, ou mesmo troca de aditivo por outro mais adequado ao clima.
O que fazer?
1°- Estar ciente de que é necessário atentar-se as condições climáticas para aplicação e uso do concreto e dos aditivos químicos.
2° – Informação e conhecimento nunca são demais. O Manual de utilização de aditivos químicos para concreto do IBI apresenta alguns meios de mitigação e controle para essas situações.
Consulte também o fabricante de aditivos de sua confiança. Sem dúvida existem aditivos e tecnologias capazes de auxiliá-los em qualquer situação!