Por Jorge Lima – Viapol
A manta asfáltica é um dos materiais mais utilizados como sistema de impermeabilização. As primeiras mantas surgiram na Europa no início dos anos 1960, primeiramente produzidas com betume sem modificação, estruturadas com papel feltro, depois foram estruturadas com fibra de vidro. Ainda em 1970 começaram a ser utilizados como estruturantes por serem mais resistentes às solicitações mecânicas.
No Brasil, as mantas asfálticas começaram a aparecer no mercado entre 1970 e 1980, surgindo primeiro as mantas com asfalto oxidado sem adição de polímeros e posteriormente introduzidas as mantas modificadas com polímeros como por exemplo APP, SBS e outros polímeros que surgiram ao longo do tempo.
O processo de fabricação das mantas asfálticas começa com a bobina de estruturante posicionada no início da linha de fabricação, sendo esta, desbobinado, para entrar num reservatório de asfalto a mais ou menos 200oC, para posterior resfriamento.
Tipos de estruturantes:
- Poliéster –é um tecido não-tecido de poliéster. Os estruturantes de poliéster são em geral os mais utilizados no mercado técnico por terem melhores propriedades combinadas de resistência e alongamento. Sua característica varia em função da densidade e gramatura do poliéster.
- Fibras de vidro – também chamado de “véu de fibra de vidro ou glass”, é um estruturante com excelente estabilidade dimensional, porém apresenta baixa capacidade de alongamento.
- Filme de Polietileno – possui baixa resistência à tração e elevado alongamento.
O papel do estruturante em uma manta asfáltica se assemelha ao aço numa estrutura de concreto armado. De acordo com a ABNT NBR 9575:2014 o estruturante (ou armadura para impermeabilização) corresponde ao componente da camada impermeável, destinado a absorver esforços mecânicos, respondendo, quase que sozinho, pela resistência da manta ao esforço de tração, assim como contribui também para o resultado do alongamento. Esse papel do estruturante se faz necessário em função das movimentações das estruturas às quais as mantas são instaladas.
Os tipos de manta asfáltica são determinados pelos parâmetros de resistência à tração e alongamento, de acordo com a ABNT NBR 9952:2014, onde a tração é dada em N (Newtons), representada pela carga máxima suportada durante o ensaio e o alongamento expresso em percentual (%) no momento da ruptura da manta asfáltica.
Com base nos resultados destes ensaios, as mantas asfálticas são classificadas em diferentes tipos, sendo:
a) Manta Tipo I – resistência à tração ≥ 80 N e alongamento ≥ 2%;
b) Manta Tipo II – resistência à tração ≥ 180 N e alongamento ≥ 2%;
c) Manta Tipo III – resistência à tração ≥ 400 N e alongamento ≥ 30%;
d) Manta Tipo IV – resistência à tração ≥ 550 N e alongamento ≥ 35%.
Desta forma, é muito importante que os projetistas e contratantes dos serviços de impermeabilização com manta asfáltica, tenham consciência sobre os diferentes tipos de mantas, e que, o bom desempenho deste sistema frente aos esforços mecânicos aos quais serão submetidos, será fortemente contribuídos pela resistência à tração e alongamento. Vale ressaltar que, essas características e seus desempenhos, poderão implicar em maior valor de mercado das mantas asfálticas.
Entendendo que a certificação é o melhor caminho para a melhoria de todos os processos e adoção das melhores práticas do nosso segmento, o IBI criou o Programa de Qualidade IBI de Produtos Impermeabilizantes – PQ-IBI, um programa de qualidade que certifica produtos fabricados por seus associados de acordo com as normas técnicas da ABNT.
Os fabricantes de impermeabilização certificam voluntariamente seus produtos pelo PQ-IBI junto ao INMETRO e a Manta Asfáltica é um deles.